Isso aqui tá parado e tomado por moscas. Alguém abre uma janela pra entrar uma luz e um ar puro.
Virando um abajur
Há algum tempo conheci um carinha numa festa. Na verdade já nos conhecíamos, mas nunca tivemos oportunidade de conversar. Dessa vez trocamos algumas palavras e, graças à influência de amigos, ficamos. Nada mal, especialmente sendo ele alto, sarado, inteligente and a hell of a good kisser!
Como eu faço pra te ver novamente? Pega meu telefone. Claro! Te ligo e combinamos então, certo? Certo. Até mais. E assim foi. Conversamos, trocamos mensagens pelo celular, nos falamos pela Internet, enfim, mantivemos contato. Havia uma correspondência, embora não houvesse muita disponibilidade de tempo, parte por minha causa, parte por causa dele. Na verdade, mais por causa dele. Mas isso acontece. Combinamos um domingo, no mesmo lugar. Ótimo!
Sexta-feira ele sai com amigos. Estranho isso, achei q ele não podia sair. Ok, Alex. Para de viajar. Vocês se viram uma vez. Deixa o cara em paz. É, é. Deixa o cara em paz. Se fosse contigo tu não gostaria disso. Obviamente é de se pensar ‘ok, ele não tá a fim de sair comigo novamente’. Cheeeeega disso, Alex! Tudo bom contigo? Vamos sair domingo ainda? Legal!
Domingo nos vemos. Sem muito assunto, só umas palavras. Sem muito contato, uns beijos rápidos. Sem muita presença, vários amigos dele em voltam meus amigos todos longe. Ele dançando. Eu me sentindo um abajur, decorando o ambiente que estava visualmente já bem poluído, por sinal. Vamos nos sentar lá com meus amigos? Certo. Minutos depois vem uma amiga e leva ele ‘emprestado, mas eu já devolvo, tá?’ Leva, né! Passam cinco minutos, passam dez minutos, passam quinze minutos. Consulta rápida aos amigos, todos casados, e eu me sentindo o último dos seletantes:
- To sendo feito de palhaço.
- Não tá nada.
- Claro que to! O cara vem, o cara vai, o cara diz que quer sair comigo e simplesmente mantém três passos de distância todo o tempo.
- É, é estranho, né?
- Sim. E ele atendeu minhas ligações, respondeu minhas mensagens, disse que queria sair comigo. Eu entenderia se ele dissesse que não tava a fim, ignorasse minhas ligações e perdesse o meu número.
- É, é estranho, né?
- Vocês já disseram isso.
- Mas é estranho!
- Vou embora daqui.
Me dirijo ao ambiente visualmente poluído, dessa vez não para fazer meu papel de abajur. Encontro o cara no caminho de volta.
- Oi, olha só. To indo embora?
- Mas já? Eu tava indo agora ali ficar com vocês.
- (sem entender mais nada) Hm... Acho que dá pra ficar mais um pouco.
Minutos passam e a atendente do lugar o pede emprestado. Solidariamente, eu empresto. Leva daqui! Passa o tempo, passa mais tempo, amigos querem ir embora. Vamos? Vamos. Desço, o encontro, ele fica por perto. Minutos depois, está a metros de mim. ‘Olha só, to indo embora’. ‘Tá, tchau’.
Dias depois, na Internet, pergunto o que está acontecendo e por que ora ele parece próximo ora tão distante. Segue uma explicação fundamentada no sentimento ainda existente pelo ex-namorado para o fato de não conseguir se envolver, finalizada por um pedido honesto de desculpas e mais algumas justificativas.
- Tudo bem, não dá nada.
- Hein?
- É. Ao menos tu falou a verdade. Já estou contente com isso. E se tu tava preocupado em me magoar, não precisa mais ficar. Consigo entender.
- Mesmo?
- Sim.
Resumindo o final: alívio por eu não estar magoado, uma conversa sobre os sentimentos pelo ex, como fazer para possivelmente os superar e um bla bla bla bem gostoso sobre relacionamentos e a falta que um faz.
Perdi um seletável, ganhei um amiguinho.
Virando um abajur
Há algum tempo conheci um carinha numa festa. Na verdade já nos conhecíamos, mas nunca tivemos oportunidade de conversar. Dessa vez trocamos algumas palavras e, graças à influência de amigos, ficamos. Nada mal, especialmente sendo ele alto, sarado, inteligente and a hell of a good kisser!
Como eu faço pra te ver novamente? Pega meu telefone. Claro! Te ligo e combinamos então, certo? Certo. Até mais. E assim foi. Conversamos, trocamos mensagens pelo celular, nos falamos pela Internet, enfim, mantivemos contato. Havia uma correspondência, embora não houvesse muita disponibilidade de tempo, parte por minha causa, parte por causa dele. Na verdade, mais por causa dele. Mas isso acontece. Combinamos um domingo, no mesmo lugar. Ótimo!
Sexta-feira ele sai com amigos. Estranho isso, achei q ele não podia sair. Ok, Alex. Para de viajar. Vocês se viram uma vez. Deixa o cara em paz. É, é. Deixa o cara em paz. Se fosse contigo tu não gostaria disso. Obviamente é de se pensar ‘ok, ele não tá a fim de sair comigo novamente’. Cheeeeega disso, Alex! Tudo bom contigo? Vamos sair domingo ainda? Legal!
Domingo nos vemos. Sem muito assunto, só umas palavras. Sem muito contato, uns beijos rápidos. Sem muita presença, vários amigos dele em voltam meus amigos todos longe. Ele dançando. Eu me sentindo um abajur, decorando o ambiente que estava visualmente já bem poluído, por sinal. Vamos nos sentar lá com meus amigos? Certo. Minutos depois vem uma amiga e leva ele ‘emprestado, mas eu já devolvo, tá?’ Leva, né! Passam cinco minutos, passam dez minutos, passam quinze minutos. Consulta rápida aos amigos, todos casados, e eu me sentindo o último dos seletantes:
- To sendo feito de palhaço.
- Não tá nada.
- Claro que to! O cara vem, o cara vai, o cara diz que quer sair comigo e simplesmente mantém três passos de distância todo o tempo.
- É, é estranho, né?
- Sim. E ele atendeu minhas ligações, respondeu minhas mensagens, disse que queria sair comigo. Eu entenderia se ele dissesse que não tava a fim, ignorasse minhas ligações e perdesse o meu número.
- É, é estranho, né?
- Vocês já disseram isso.
- Mas é estranho!
- Vou embora daqui.
Me dirijo ao ambiente visualmente poluído, dessa vez não para fazer meu papel de abajur. Encontro o cara no caminho de volta.
- Oi, olha só. To indo embora?
- Mas já? Eu tava indo agora ali ficar com vocês.
- (sem entender mais nada) Hm... Acho que dá pra ficar mais um pouco.
Minutos passam e a atendente do lugar o pede emprestado. Solidariamente, eu empresto. Leva daqui! Passa o tempo, passa mais tempo, amigos querem ir embora. Vamos? Vamos. Desço, o encontro, ele fica por perto. Minutos depois, está a metros de mim. ‘Olha só, to indo embora’. ‘Tá, tchau’.
Dias depois, na Internet, pergunto o que está acontecendo e por que ora ele parece próximo ora tão distante. Segue uma explicação fundamentada no sentimento ainda existente pelo ex-namorado para o fato de não conseguir se envolver, finalizada por um pedido honesto de desculpas e mais algumas justificativas.
- Tudo bem, não dá nada.
- Hein?
- É. Ao menos tu falou a verdade. Já estou contente com isso. E se tu tava preocupado em me magoar, não precisa mais ficar. Consigo entender.
- Mesmo?
- Sim.
Resumindo o final: alívio por eu não estar magoado, uma conversa sobre os sentimentos pelo ex, como fazer para possivelmente os superar e um bla bla bla bem gostoso sobre relacionamentos e a falta que um faz.
Perdi um seletável, ganhei um amiguinho.
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