Get back to where you once belonged

Sexta-feira saio da roça e vou passar dez dias de Carnaval em Florianópolis.

A frase que deve refletir a vontade da maioria dos paulistanos é muito mais que somente passar o feriado numa terra legal. Para mim é voltar as ver todos os meus amigos que por lá ficaram, passar um tempo com minha família e curtir o lugar em que viví a maior parte da minha vida.

Claro que além disso, aquela ilha é um paraíso. Sempre soube disso, desde o dia em que nasci. Sempre amei aquele lugar, mesmo com a violência absurda que lá se instalou, mesmo com a taxa de desemprego altíssima e que me fez sair de lá para ter uma vida profissional decente. Que se dane o trombadinha tentando me roubar, se é sempre possível ir pro Moçambique para surfar com a galera e esquecer de qualquer problema, limpar a cabeça e na volta pra casa ainda desfrutar de paisagens maravilhosas, que são tão reconfortantes para mim como uma canja na casa dos meus pais em um dia de inverno.

Não ligo se a cidade está ficando absurdamente urbanizada. Agora temos opções de restaurantes, opções culturais e as casas de praia ainda estão lá para irmos fazer um churrasco e passar um bom tempo com quem tanto gostamos.

Esse feriado vai ter que ser muito mais comprido do que a semana que tenho em mãos. Não tanto pelas coisas que eu quero fazer, mas apenas pelo tempo que gostaria de passar com quem tanto amo, apenas para estar do lado de quem nos faz tão bem.

O tempo vai passar voando e logo volto para a realidade. Mas com as energias reestabelecidas.

Que venham logo as minhas férias em maio! =)

Mal Entendindo

Há muitos anos eu tive um namorado. Ok, eu tive outros depois dele, mas a história que aqui segue é sobre esse cara com quem eu namorei há muitos anos. Não ficamos muito tempo junto, mas foi um dos relacionamentos que mais duraram. Não importa quanto tempo durou. O fato é que acabou também há muitos anos.

Parando com o blablablá, o fato aconteceu em um jantar na casa de um amigo em comum que tínhamos, e os convidados eram todos amigos em comum ou amigos dele que eu já tinha incorporado ao meu círculo de amizades. Estávamos todos sentados em roda, o namorado, nosso amigo, o namorado do amigo e eu. O namorado do amigo levantou e eu reparei nas suas calças. Adorei as calças dele. Hoje eu não me lembro bem delas, mas lembro que as queria pra mim e que no outro dia eu ia no shopping comprá-las. Não tive dúvidas: olhei pra bunda pra ver a marca da calça. Nesse mesmo instante eu sinto um tamanduá de pelúcia me atingindo no peito, vindo do meu lado, mais precisamente da mão do amigo, namorado do cara das calças lindas para cuja bunda eu olhava fixamente procurando a marca.

Minha explicação: "olha, não é o que parece, cara, eu tava só olhando a marca da calça, pois tinha gostado muito dela, não era um olhar de cobiça ou qualquer coisa parecida, era apenas um olhar técnico, e eu em momento algum tive quaquer intenção libidinosa para com ele ou sua bunda, eu juro".

Tive a esperança de que ele acreditaria em mim, mas acho que isso não aconteceu. Também tenho a impressão de que ele contou o ocorrido ao meu tal namorado da época, pois, não sei se por isso ou por algum dos outros vários moticos que havia, o namoro terminou no dia seguinte.