s e l e t a n d o ----> ?


sábado, agosto 30, 2003

A Saga do EX

Não preciso dizer que a história não foi muito além. Nos distanciamos, afinal, eu não estava disposto a encarar o ex-namorado do cara sugindo do inferno toda vez que nós estivessemos juntos. Nada contra o ex-namorado dele; na verdade, me parece ser muito gente boa. Até conversamos algumas vezes quando nos encontramos em festas, bares, lugares afins.

O carinha (não o ex dele, o carinha em si) e eu nos tornamos amigos, sem segundas intenções (ao menos da minha parte) e uma certa noite de quinta-feira nos encontramos em um bar. Nisso surge quem? Sim, o ex! Mas o ex está acompanhado, e muito bem acompanhado por sinal. E isso parecia estar fazendo bem a ele. Até a pele parecia melhor...

Depois de alguma resistência acabo ficando com o carinha denovo. E acabo indo para a casa dele. E é aí onde mais coisas engraçadas acontecem. É manhã, vou ao banheiro, e alguém bate na porta. Voz de mulher; é a irmã. Vamos dar nomes aos bois antes de continuar.
Carinha: João
Ex-namorado do Carinha: Artur
Eu: Alex (porque o meu nome eu não tenho que mentir...)

Irmã do carinha: Joãooooo.. Bom diaaaaa...
Alex: ahhnnn.. Não!?!
Irmã do carinha: Ahhh... Desculpa Artur.. Tu vai demorar ainda?
Alex: ahhnnn.. Também não!!
João (ao fundo): Não é o Artur.. É o Alex!!"
Irmã do carinha: ahhhhhh !!

Volto pro quarto, alguns minutos de passam e toca o telefone dele. É o ex, avisando que vai passar lá pois precisa de sei lá eu o que. O carinha desce as escadas e eu fico na cama... Quando estou mais ou menos acordado, abro os olhos e vejo o Ex encostado na porta olhando para mim... Quando ele me vê que eu vi, tira a cara correndo... Eu penso, "ok, ele já matou o João, e agora ele vem vindo com uma faca para me matar!!"

Mas isso felizmente não acontece.. ele vai embora e o que eles conversaram depois que ele sumiu não vale a pena comentar aqui no Blog..

Alguém pode me dizer se eu realmente mereço tudo isso?

quinta-feira, agosto 28, 2003

Seu Ex

Finalmente tenho tempo para escrever. E com o final do último ?projeto de namoro? tenho também assunto! Bom... muito bom...

Então, quando eu e o carinha esse estávamos recém começando a sair, tínhamos problemas com o seu ex-namorado que era um tanto quanto inconveniente e surgia, sabe lá Deus como, no meio dos nossos encontros. Vejam só a situação:

Onde: Pastelaria
Quando: Um sábado agradável
Quem: Nós dois, e depois nós três

Alex: Tão bom poder passar um tempo contigo.
Carinha: É. Eu também gosto. Ihhhh... Meu ex vem vindo.
Alex: Ai...
Ex: Oi gente! Tudo bom?
Alex: Tudo...
Carinha: Sim, sim. Tudo...
Ex: Tava passando e vi vocês.
Carinha: É? Quer sentar?
Ex: Vocês não se importam?
E, enquanto ele pergunta, ele se senta, antes que eu pudesse dizer ?sim, eu me importo! Tu é ex-namorado dele e tu não gosta de mim, porque eu sei disso! Agora segue teu rumo na vida e deixa eu seguir o meu!?. Mas como eu sou uma pessoa extremamente paciente e educada eu disse:
Alex: Capaz, meu! Senta aí.
Logo após essa frase um silêncio constrangedor tomou conta dos integrantes da mesa. Nós três nos olhávamos e não dizíamos nenhuma palavra. Até que, de repente, eu olho para o ex do cara e digo sorrindo:
Alex: Tu quer pastel??

Na outra semana, estamos saindo juntos novamente (apenas o carinha e eu, sem o ex) e vamos a um bar pouco movimentado da cidade. Naquele dia o bar estava um tanto cheio até. Conseguimos uma mesa, sentamos, algumas amigas minhas nos encontraram e sentaram-se conosco por algum momento. Então...
Carinha: Pffff... Ele tá entrando
Alex: Hein? Quem?
Carinha: Meu ex...
Alex: Mas o que é isso? Perseguição?
Carinha: Ele deve ter visto meu carro ali fora.
Faço aquela cara de ?tudo bem, fazer o que...? e fico quieto. O Ex educadamente vem conversar conosco, visivelmente bêbado, e fica em pé por ali... Quando as meninas saem para ir ao banheiro...
Ex: Posso sentar aqui, só enquanto elas não vêm?
E, novamente, antes que eu possa dizer ?vai embora daqui porra!?, ele senta. O silêncio, aquele mesmo silêncio da situação anterior, volta e tudo que eu posso dizer é:
Alex: Tu quer batata?
Ele come a batata. Então ele olha para o ex-namorado dele que então estava saindo COMIGO e diz:
Ex: Fulano, a gente têm que conversar.
Alex: Eu tenho que ir no banheiro
Carinha: Não! Fica!
Alex: Eu PRECISO ir...
Quando eu volto, as meninas voltam comigo, assumem seus respectivos lugares e o ex tem que ir embora.

domingo, agosto 03, 2003

Mais um capítulo dessa novela Lixão para vocês... :þ Aproveitem ...

Capítulo VI - Caindo na Real

Finalmente o avião chega ao seu destino. Ele desembarca com a sua mochila e passa reto pelas esteiras de bagagens, pois ele carregava tudo que precisaria por algum tempo. No portão de desembarque seus amigos lhe esperam, ou vocês acharam mesmo que ele ia largar tudo que tinha para ir a um lugar onde só há estranhos? Internet já existia nessa época...

Seus amigos não eram exatamente como ele esperava, mas era o que ele tinha, por isso os aceitaria mesmo que fossem vesgos e leprosos. Ao encontrá-los, foi todo sorrisos. Conversaram muto na língua do país, que falada parecia bem mais complicada que escrita, entretanto ainda assim compreensível. Até que lhe perguntaram: "E como vai ... ?"

Como será que ele ia? Não o havia visto desde a despedida, um dia antes de ir embora. Para aquele tambem, disse o quanto significava para ele e sem avisar desapareceu enquanto tomava banho. Por mais que ele soubesse que deveria dizer que estava partindo, não conseguia. Ora, ele não comrpeenderia isso. Anos de tentativas e erros e, quando finalmente ficam juntos e conseguuem expressar seus sentimentos em palavras, um foge.

E esse não foi atrás dele, apenas telefonou perguntando o porquê do desaparecimento. Por quê? Porque ele não podia dizer que não iam se ver mais por alguns anos devido ao seu próprio egoísmo e a sua vontade de sempre estar à frente dele mesmo. Competir com os outros é fácil: ou ganhamos ou perdemos. Competir consigo próprio é um desafio: sempre se destrói.

Um dia ele entenderia as razões; um dia um contaria ao outro. Talvez eles se encontrassem casualmente num shopping center anos mais tarde, os dois com barba na cara e alguns cabelos brancos. E talvez ele pedisse desculpas ao outro. Talvez o outro perdoasse. Isso ele não saberia ainda. Sabia que não esperava por isso, mas sentia falta. Sentia falta daquele q não havia ido atrás dele no aeroporto.

E seus amigos continuavam ali, falando mil coisas que ele não entendia mais. Falando algo em ir para casa pois ele deveria estar cansado. Diziam para ele dormir um pouco, então no dia seguinte estaria melhor. Ele concordou.