Adoro ouvir a chuva caindo, mesmo que não seja uma tempestade, extremista como sempre fui. O vento fazendo as árvores soarem mais próximas e mesmo as paredes das casas e as poucas janelas tornarem-se presentes. Às vezes a intensidade diminui e penso que está passando essa chuva gostosa. Diminuo o volume do rádio para poder ouvi-la com mais atenção. O vento também fica mais distante, e com ele as memórias que esse espetáculo traz. Memórias já deixadas de lado, em uma praia pequena, em algum feriado passado. Apenas duas camas juntas, tempo livre e essa chuva mansa junto com esse vento tímido. Nem frio nem calor, só um edredom e uma discussão para decidir quem fica com dois travesseiros e porque não trouxemos mais um. Cuecas novas, macacos de estante, alguma música. E, quando ela acaba, lá está ainda a chuva, que já tinha sido esquecida, de volta para nos ajudar a dormir.

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