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quarta-feira, maio 05, 2004

Dos flogs...

Gostei muito da discussão levantada pelo Vood sobre os flogs. Li alguns comentários, alguns são contra flog, outros são a favor de flogs. Acredito que o flog é apenas a mídia e, claro, que toda mídia tem um tipo de conteúdo, ou ao menos deveria ter.

Normalmente pessoas usam os flogs para colocar suas fotinhos e espalhar para o mundo ver. Não tenho percebido conteúdo na maior parte desses sites que já vi até agora. De qualquer forma, nem tudo realmente precisa ter conteúdo: há quem se contente com um rostinho bonito em um corpinho sarado (algo que não faz jus à maioria detentora de flogs). Anyway, eu procuro mais que isso.

O texto explicativo das fotos normalmente se resume a pouquíssimas linhas sobre:
1. descrição de pessoas;
2. descrição de uma situação;
3. descrição de si mesmo (a mais comum).

Os comentários das pessoas que lêem flogs normalmente não passam de:
1. como você é gato(a);
2. como fulano(a) que está na foto com você é gato(a).

Sinceramente, eu prefiro ser reconhecido por alguém pelas coisas que eu escrevo (e isso já aconteceu em bares aqui na cidade, onde gente que eu nunca vi na vida chegou perguntando “é tu que escreve no seletando?”) do que ser reconhecido por ter uma foto por dia estampada em uma página na web.

É obvio, existem ainda os flogs temáticos, e esses eu acho interessantes. Há mesmo alguns que eu acompanho com freqüência, como o de um amigo canadense, sobre suas viagens pelo mundo e os amigos que fez.

Eu prefiro escrever um blog, pois tenho o que dizer, pois mais imbecil que algumas coisas possam parecer. Sei conjugar verbos e usar conjunções, mesmo que cometa alguns erros grossos às vezes. Tenho minhas opiniões, tenho meus protestos, desabafos e reclamações. Tenho a faca e o queijo na mão, indo além de um rostinho bonito e um corpinho sarado (ultimamente nem tão sarado assim). Seletar alguém é como o mercado de trabalho: você tem que ter o diferencial.

Os flogueiros de plantão podem dizer: “uma imagem vale mais que mil palavras”. Eu ainda prefiro a máxima “imagem não é nada, sede é tudo”.