Eu sei que eu prometi que não iria mais sair por um tempo, que não ia viajar no carnaval e ia ler Richard Bach. Não consegui. Digo, estou lendo Richard Bach, embora não linearmente, e ainda estou disposto a ficar em Porto Alegre no carnaval, mas ontem acabei saindo de casa.

Entrei na Internet e encontrei uma amiga que não via há muito tempo, que ia num lugar aonde eu não ia há muito tempo. “Vamos?”, ela me perguntou. “Vamos!”, eu respondi. Tomei aquele banho, vesti a camiseta cor-de-mostarda-arisco nova e me atirei pra lá. Após alguns problemas de incompatibilidade entre uma descida inclinada, um pálio branco centímetros à frente do meu carro e a marcha-ré que se negava a engatar, finalmente consegui chegar lá.

Novamente vi os casais contentes que eu já tinha visto em outras festas (sinal de que estão juntos há um bom tempo) se abraçando e se beijando, pessoas loucas querendo pular do mezanino e góticos saltitando como bambis (adorei eles!). Pessoas seletando não faltavam; seletáveis não havia muitos. Resolvi terminar a noite duas horas depois e voltar pra casa, logo depois de meio que apresentar duas figuras que, acredito eu, estejam bem satisfeitas agora.

E eu fico pensando, Line, como é fácil juntar pessoas, mas como é difícil se juntar com alguém. Bah, essa frase ficou horrível. Pelo visto a greve continua e eu vou continuar sem seletar.