Capitulo V – Quando tudo ainda era belo
Mais uma vez ele estava dormindo na sua poltrona apertada indo para o infinito. O avião parecia parado. A noite parecia um abrigo. A África era só uma mancha lá embaixo. Naquele momento ele estava sonhando, ou melhor, lembrando ao seu modo quão feliz ele fora com aquele que pediu para ele ficar.
A imagem da estação ainda era clara para ele. Roendo as unhas pensando que o outro não viria, afinal, o trem já ia sair. E se o outro não chegasse, o que ele faria com a outra passagem que ele tinha em mãos? Eles não se conheciam bem ainda, e era essa a intenção da viagem: se conhecerem. Passariam cinco dias sozinhos e isolados do mundo em um chalé. Faltavam dez minutos para a partida e ele chega, caminhando leve, carregando uma mala e dois travesseiros, sem os quais não dormiria. A impaciência se transformou em alívio instantâneo, e o cara que estava esperando no mezanino foi recebê-lo e dizer que deviam ir.
“Eu achava que você não fosse mais vir”, disse ele com uma expressão de desdenho. O outro apenas disse que havia se atrasado porque o táxi ficara parado no trânsito caótico e bla bla bla. Entraram no trem, que em seguida começou a percorrer os trilhos. A paisagem passava por eles, que conversavam e sorriam como velhos amigos que, ao invés de contar coisas do passado de cada um, estavam lembrando de coisas que haviam vivido juntos.
Horas de viagem se passaram. Adormeceram felizes no sonho enquanto o cara acordava assustado na vida real.
Mais uma vez ele estava dormindo na sua poltrona apertada indo para o infinito. O avião parecia parado. A noite parecia um abrigo. A África era só uma mancha lá embaixo. Naquele momento ele estava sonhando, ou melhor, lembrando ao seu modo quão feliz ele fora com aquele que pediu para ele ficar.
A imagem da estação ainda era clara para ele. Roendo as unhas pensando que o outro não viria, afinal, o trem já ia sair. E se o outro não chegasse, o que ele faria com a outra passagem que ele tinha em mãos? Eles não se conheciam bem ainda, e era essa a intenção da viagem: se conhecerem. Passariam cinco dias sozinhos e isolados do mundo em um chalé. Faltavam dez minutos para a partida e ele chega, caminhando leve, carregando uma mala e dois travesseiros, sem os quais não dormiria. A impaciência se transformou em alívio instantâneo, e o cara que estava esperando no mezanino foi recebê-lo e dizer que deviam ir.
“Eu achava que você não fosse mais vir”, disse ele com uma expressão de desdenho. O outro apenas disse que havia se atrasado porque o táxi ficara parado no trânsito caótico e bla bla bla. Entraram no trem, que em seguida começou a percorrer os trilhos. A paisagem passava por eles, que conversavam e sorriam como velhos amigos que, ao invés de contar coisas do passado de cada um, estavam lembrando de coisas que haviam vivido juntos.
Horas de viagem se passaram. Adormeceram felizes no sonho enquanto o cara acordava assustado na vida real.
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