Não é um problema geográfico

Isso foi o que eu ouvi hoje no messenger de um amigo ao contar pra ele da minha primeira decepção afetiva aqui no Velho Mundo. Tentei seletar, seletei e já era, passado, passé, Vergangenheit, ou, melhor ainda, past, já que o cara era inglês.

Tudo muito rápido, tudo muito estranho e eu fico achando que perdi completamente meus critérios e minha experiência adquirida no Brasil em infinitos começos de relacionamentos que nunca passaram de um mes e meio. Eu fui muito amador, sim, é esse o termo mais adequado: amador. Me envolvi muito rápido e por um minuto cheguei a esquecer ou ignorar que eu ia embora dessa cidade e que, possivelmente, ele não era tão sincero em relação aos seus sentimentos como eu imaginava que seria.

Eu não sei ao certo quando foi que tudo começou a ir por água abaixo. Eu acho que foi em algum momento entre a minha viagem de um fim de semana pra Praga e quando eu não fui mais acordado com um prato de mingau de aveia na minha frente. Os motivos pra ter terminado? Os mais óbvios e ao mesmo tempo mais absurdos, que fizeram eu provavelmente parar de pensar que ele era mentiroso pra começar a achar que ele é simplesmente fora da casinha mesmo.

E hoje é dia de San Valentine, comemorado aqui na Europa com o mesmo entusiasmo do 12 de junho no Brasil. Programação? Provavelmente ir cantar em um Karaoke gay com meus colegas do curso. Isso, é claro, se o meu resfriado permitir, pois possivelmente seja só isso que tenha ficado: uma boa gripe.

Bola pra frente! Ainda tenho duas cidade pela frente e duas semanas com uma família alemã que joga pingue-pongue profissionalmente. E nem tudo está indo mal... Em dois dias em Berlin eu quase arranjei um emprego como cozinheiro em um bar e como ator de filme pornô, acreditem ou não! Não que eu realmente fosse fazer filme pornô, mas é sempre bom saber das nossas possibilidades, né?

Beijos pra todos!