Esperando na rodoviária
O dia começara devagar e ele já sabia o que tinha que fazer: passar no posto de passagens, comprar duas, voltar para casa, almoçar e ir para a rodoviária com a sua mala velha. Destino? Praia por quatro dias. Embora o tempo estivesse instável eles iriam. Ora, para que um dia de sol, se ficar em casa é tudo que alguém pode desejar depois de encontrar sua cara-metade (ou não)? Infelizmente ele não tinha certeza disso, apesar dos sinais que ele mesmo se dava.
Foi comprar as passagens sentindo um aperto no coração. Essa viagem seria um grande passo para a relação que estava fazendo um mês. Eles ainda não tinham dormido juntos, e, mais importante ainda, nunca tinham acordado juntos, com a cara amassada, olhos inchados e mau hálito. Algumas vezes isso pode ser assustador, acreditem! Depois de comprar as passagens, ainda sentia essa sensação estranha, uma voz que dizia ‘isso não ta certo, pára com isso enquanto é tempo, depois vai ser tarde demais para pular fora, aliás, já é tarde demais, pára com isso, pára, pára!
Mas ele não quis nem saber: comprou as passagens, foi almoçar, arrumou a mala e se largou para a rodoviária, já de bermuda e moletom. Chegou até a comprar uma sunga no dia anterior. Ela acabou não sendo deveras necessária, mas ele a levou mesmo assim.
Chegando na rodoviária, foi ao box seis e esperou pacientemente. Faltava ainda meia hora para partir o ônibus. Será que ele vem? Claro que vem, ele é apaixonado por mim. Faltavam ainda vinte minutos. Se ele não vier eu vendo a passagem para alguém. Simples assim. Todos querem viajar nesse feriado. Mas ele vem, tenho certeza. Faltavam agora quinze minutos. Se ele não vier, vai ser até mais fácil, pois aí eu termino logo tudo, coisa que já estava querendo fazer há algum tempo, talvez desde o início. Dez minutos. Será que devo procurar um comprador para a passagem? Claro que vou vender apenas uma, pois eu vou para praia nem que seja sozinho! Olha só quem ta chegando. Oi! Aqui!
Sorrisos para todos lados, desculpa ter demorado, tive que trazer o travesseiro. Nem esquenta, eu cheguei agora a pouco mesmo. Trouxe um presente para ti. Eu também. Feliz um mês, tomara que continuemos a nos suportar. Tomara. O ônibus já vai, vamos entrar. Vamos. Gosto muito de ti, sabia? Eu também, tu me deixa bem feliz. Tu também... te adoro. Também.
O dia começara devagar e ele já sabia o que tinha que fazer: passar no posto de passagens, comprar duas, voltar para casa, almoçar e ir para a rodoviária com a sua mala velha. Destino? Praia por quatro dias. Embora o tempo estivesse instável eles iriam. Ora, para que um dia de sol, se ficar em casa é tudo que alguém pode desejar depois de encontrar sua cara-metade (ou não)? Infelizmente ele não tinha certeza disso, apesar dos sinais que ele mesmo se dava.
Foi comprar as passagens sentindo um aperto no coração. Essa viagem seria um grande passo para a relação que estava fazendo um mês. Eles ainda não tinham dormido juntos, e, mais importante ainda, nunca tinham acordado juntos, com a cara amassada, olhos inchados e mau hálito. Algumas vezes isso pode ser assustador, acreditem! Depois de comprar as passagens, ainda sentia essa sensação estranha, uma voz que dizia ‘isso não ta certo, pára com isso enquanto é tempo, depois vai ser tarde demais para pular fora, aliás, já é tarde demais, pára com isso, pára, pára!
Mas ele não quis nem saber: comprou as passagens, foi almoçar, arrumou a mala e se largou para a rodoviária, já de bermuda e moletom. Chegou até a comprar uma sunga no dia anterior. Ela acabou não sendo deveras necessária, mas ele a levou mesmo assim.
Chegando na rodoviária, foi ao box seis e esperou pacientemente. Faltava ainda meia hora para partir o ônibus. Será que ele vem? Claro que vem, ele é apaixonado por mim. Faltavam ainda vinte minutos. Se ele não vier eu vendo a passagem para alguém. Simples assim. Todos querem viajar nesse feriado. Mas ele vem, tenho certeza. Faltavam agora quinze minutos. Se ele não vier, vai ser até mais fácil, pois aí eu termino logo tudo, coisa que já estava querendo fazer há algum tempo, talvez desde o início. Dez minutos. Será que devo procurar um comprador para a passagem? Claro que vou vender apenas uma, pois eu vou para praia nem que seja sozinho! Olha só quem ta chegando. Oi! Aqui!
Sorrisos para todos lados, desculpa ter demorado, tive que trazer o travesseiro. Nem esquenta, eu cheguei agora a pouco mesmo. Trouxe um presente para ti. Eu também. Feliz um mês, tomara que continuemos a nos suportar. Tomara. O ônibus já vai, vamos entrar. Vamos. Gosto muito de ti, sabia? Eu também, tu me deixa bem feliz. Tu também... te adoro. Também.
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