Gente... Demorou, mas aconteceu... Para deixar bem claro, meu drama não é o início de uma crise, mas o final de várias.
Vocês já devem ter percebido que desde que vocês me conheceram eu passo por momentos constantes de insatisfação pessoal que eu sempre atribuí a estar sozinho, jogado às traças, enfim, seletando. Quando estava com alguém, sempre parecia chateado por não estar gostando muito dessa pessoa, ou por não ser exatamente como eu queria, ou, mesmo, pelo cara não estar correspondendo como eu gostaria que estivesse.
Portanto, durante os últimos anos eu tive várias dores-de-cotovelo, algumas de estimação até, e outros inúmeros pretendentes inconvenientes que me ligavam nos momentos mais inoportunos para dizer que gostavam muito de mim, que seriam excelentes e que ficariam para sempre comigo se eu quisesse ficar com eles. Tudo bem, isso foi até engraçado algumas vezes, mas quando passou a se repetir deixou de ser legal para se tornar meramente banal.
(pausa para ir ao banheiro, já continuo escrevendo)
Voltei. Então, como eu estava dizendo, passei os últimos anos achando que o que faltava na minha vida era um homem. Muito estranho isso, visto que antes eu sempre me considerei extremamente auto-suficiente. Ok, desculpem pelo caráter masturbatório da frase, não era para sair assim. Ontem eu descobri o motivo da insatisfação, pois senti exatamente o que tinha sentido em março de 2000, quando larguei meu primeiro curso, Engenharia de Alimentos: eu também não quero ser nutricionista.
Ficou tudo bem claro. As dores-de-cotovelo, as perseguições por alguém que eu não sabia quem era e os envolvimentos desesperadores dos últimos anos começaram justamente logo depois que entrei na Nutrição. Diversas vezes eu pensei em largar o curso, mas eu lembrava de como tinha sido quando larguei a Engenharia: vestibular de novo, gente se decepcionando, tempo "perdido". Sem falar que fiz boas amigas e conheci diversas pessoas extremamente interessantes, das quais eu não gostaria de me afastar.
Algo mais que eu percebi estar relacionado a essa epifania: os cursos de línguas que comecei a fazer. Primeiro eu achava que era para ocupar o tempo ocioso no qual eu ficava pensando em como seria bom estar com alguém. Hoje eu percebo que estava estudando algo que eu gostava, e cada vez que começava um novo eram três horas a mais de diversão na semana. Não que eu não goste do que estudo no curso de Nutrição: o curso é definitivamente interessante, eu apenas não quero isso para mim. Eu pensei em dizer que era como sexo sem amor, mas acho que está mais para amor sem sexo. Falta tesão, falta entrega, falta putaria - simbolicamente falando, é claro.
Quando me perguntavam sobre a faculdade eu costumava brincar dizendo que para mim era um passatempo. Eu nunca tinha parado para me dar conta disso: relamente era. Acabei de olhar para os títulos de alguns artigos que estou lendo para fazer meu trabalho de conclusão e pensei "não quero mais brincar disso".
Mas é claro que eu vou continuar na brincadeira; afinal, faltam só alguns meses para eu me formar e virar um nutricionista. Embora, é claro, eu não tenha a certeza de receber o meu diploma, já que o meu curso ainda não foi reconhecido pelo MEC e o pessoal daquela facudade não tem demonstrado muito interesse em fazer algo para que isso aconteça. Talvez agora eles estejam se preocupando, mas isso não foi feito no momento me que deveria ter sido, ou seja, no começo. Um dos responsáveis por isso estava se queixando há um tempo atrás em relação a isso e pondo a culpa em outras pessoas (quando na verdade ele tinha boa parte da responsabilidade) e a minha vontade foi dizer: BEM FEITO! Mas isso é outro assunto...
É claro, estou me sentindo aliviado por saber que eu não sou tão louco e dependente de relacionamentos como eu pensava antes. Obviamente ainda faz falta ter alguém do meu lado para beijar, amassar, currar, etc. etc. etc. O bom é saber que isso acontece por uma falha em outra área, e não apenas por carência afetiva. E o melhor ainda é saber ONDE está a falha. Eu já estava achando que estava enlouquecendo, achando que a vida era um droga e que nada valia a pena.
Uma pergunta? O que eu vou fazer depois de me formar? Ainda não sei... mas não vai ser uma especialização em Nutrição Clínica, nem mestrado em Ciências do Movimento Humano.
(risos)
Vocês já devem ter percebido que desde que vocês me conheceram eu passo por momentos constantes de insatisfação pessoal que eu sempre atribuí a estar sozinho, jogado às traças, enfim, seletando. Quando estava com alguém, sempre parecia chateado por não estar gostando muito dessa pessoa, ou por não ser exatamente como eu queria, ou, mesmo, pelo cara não estar correspondendo como eu gostaria que estivesse.
Portanto, durante os últimos anos eu tive várias dores-de-cotovelo, algumas de estimação até, e outros inúmeros pretendentes inconvenientes que me ligavam nos momentos mais inoportunos para dizer que gostavam muito de mim, que seriam excelentes e que ficariam para sempre comigo se eu quisesse ficar com eles. Tudo bem, isso foi até engraçado algumas vezes, mas quando passou a se repetir deixou de ser legal para se tornar meramente banal.
(pausa para ir ao banheiro, já continuo escrevendo)
Voltei. Então, como eu estava dizendo, passei os últimos anos achando que o que faltava na minha vida era um homem. Muito estranho isso, visto que antes eu sempre me considerei extremamente auto-suficiente. Ok, desculpem pelo caráter masturbatório da frase, não era para sair assim. Ontem eu descobri o motivo da insatisfação, pois senti exatamente o que tinha sentido em março de 2000, quando larguei meu primeiro curso, Engenharia de Alimentos: eu também não quero ser nutricionista.
Ficou tudo bem claro. As dores-de-cotovelo, as perseguições por alguém que eu não sabia quem era e os envolvimentos desesperadores dos últimos anos começaram justamente logo depois que entrei na Nutrição. Diversas vezes eu pensei em largar o curso, mas eu lembrava de como tinha sido quando larguei a Engenharia: vestibular de novo, gente se decepcionando, tempo "perdido". Sem falar que fiz boas amigas e conheci diversas pessoas extremamente interessantes, das quais eu não gostaria de me afastar.
Algo mais que eu percebi estar relacionado a essa epifania: os cursos de línguas que comecei a fazer. Primeiro eu achava que era para ocupar o tempo ocioso no qual eu ficava pensando em como seria bom estar com alguém. Hoje eu percebo que estava estudando algo que eu gostava, e cada vez que começava um novo eram três horas a mais de diversão na semana. Não que eu não goste do que estudo no curso de Nutrição: o curso é definitivamente interessante, eu apenas não quero isso para mim. Eu pensei em dizer que era como sexo sem amor, mas acho que está mais para amor sem sexo. Falta tesão, falta entrega, falta putaria - simbolicamente falando, é claro.
Quando me perguntavam sobre a faculdade eu costumava brincar dizendo que para mim era um passatempo. Eu nunca tinha parado para me dar conta disso: relamente era. Acabei de olhar para os títulos de alguns artigos que estou lendo para fazer meu trabalho de conclusão e pensei "não quero mais brincar disso".
Mas é claro que eu vou continuar na brincadeira; afinal, faltam só alguns meses para eu me formar e virar um nutricionista. Embora, é claro, eu não tenha a certeza de receber o meu diploma, já que o meu curso ainda não foi reconhecido pelo MEC e o pessoal daquela facudade não tem demonstrado muito interesse em fazer algo para que isso aconteça. Talvez agora eles estejam se preocupando, mas isso não foi feito no momento me que deveria ter sido, ou seja, no começo. Um dos responsáveis por isso estava se queixando há um tempo atrás em relação a isso e pondo a culpa em outras pessoas (quando na verdade ele tinha boa parte da responsabilidade) e a minha vontade foi dizer: BEM FEITO! Mas isso é outro assunto...
É claro, estou me sentindo aliviado por saber que eu não sou tão louco e dependente de relacionamentos como eu pensava antes. Obviamente ainda faz falta ter alguém do meu lado para beijar, amassar, currar, etc. etc. etc. O bom é saber que isso acontece por uma falha em outra área, e não apenas por carência afetiva. E o melhor ainda é saber ONDE está a falha. Eu já estava achando que estava enlouquecendo, achando que a vida era um droga e que nada valia a pena.
Uma pergunta? O que eu vou fazer depois de me formar? Ainda não sei... mas não vai ser uma especialização em Nutrição Clínica, nem mestrado em Ciências do Movimento Humano.
(risos)
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